A Polícia Militar prendeu, nesta quarta-feira (2), em Itabela, Bahia, um homem de 29 anos acusado de tentar matar sua ex-companheira com golpes de foice. O crime ocorreu no ano passado, quando ele invadiu a casa da vítima durante a noite e a atacou violentamente enquanto ela dormia ao lado da filha do casal, de apenas dois anos. A mulher ficou gravemente ferida, mas sobreviveu.
A Justiça decretou a prisão preventiva do agressor no dia 19 de março. Segundo a juíza responsável pelo caso, o ataque não foi um fato isolado, mas sim o resultado de um histórico de ameaças, agressões psicológicas e perseguições.
Violência contra a mulher no Brasil
Casos como esse refletem uma realidade alarmante no país. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2023, foram registrados 1.463 casos de feminicídio no Brasil, o maior número desde a criação da lei que tipifica esse crime em 2015. Isso significa que, em média, quatro mulheres foram assassinadas por dia apenas por serem mulheres.
Além disso, uma pesquisa do DataSenado revelou que três em cada dez brasileiras já sofreram violência doméstica cometida por homens. Entre os tipos de agressão mais comuns, a violência psicológica é a mais recorrente (89% dos casos), seguida pela moral (77%), física (76%), patrimonial (34%) e sexual (25%).
Diante desses números, a necessidade de medidas mais rígidas de proteção e punição torna-se cada vez mais urgente. A luta contra a violência de gênero exige ações firmes do poder público e o fortalecimento de redes de apoio para as vítimas.