O Brasil confirmou o primeiro caso de infecção pelo fungo Trichophyton indotineae, um micro-organismo altamente resistente a antifúngicos e responsável por infecções cutâneas severas, conhecidas como “supermicose”. O caso foi identificado em um homem de 40 anos residente em Londres, que apresentou lesões persistentes na pele após viajar para Bangladesh, Índia e Nepal – países onde o fungo já circula amplamente.
O Trichophyton indotineae foi detectado pela primeira vez na Índia em 2020 e, desde então, tem se espalhado por países como Paquistão, Sri Lanka, Tailândia, França, Alemanha e Canadá. A principal preocupação dos especialistas é a alta resistência do fungo à terbinafina, um dos principais medicamentos utilizados no tratamento de micoses.
Como ocorre a transmissão e quais os sintomas?
A infecção se espalha principalmente pelo contato direto com pessoas contaminadas, além do uso compartilhado de objetos pessoais, como toalhas, roupas e calçados. Também é possível se infectar em ambientes públicos úmidos, como academias, piscinas e saunas.
Os sintomas incluem:
🔴 Lesões avermelhadas e escamosas na pele, que podem crescer rapidamente.
🔴 Coceira intensa e sensação de queimação na área afetada.
🔴 Feridas que não cicatrizam facilmente e tendem a se espalhar.
Casos mais graves podem exigir tratamentos prolongados com antifúngicos alternativos, aumentando os riscos de complicações para os pacientes.
Cuidados e prevenção: como se proteger?
Diante da chegada do fungo ao Brasil, especialistas alertam para a importância da prevenção. Algumas medidas essenciais incluem:
✔ Evitar o compartilhamento de objetos pessoais, como toalhas, roupas e calçados.
✔ Manter a pele sempre seca e limpa, já que fungos prosperam em ambientes úmidos.
✔ Usar chinelos em locais públicos, como piscinas, academias e banheiros coletivos.
✔ Procurar atendimento médico ao notar lesões persistentes, pois o diagnóstico precoce melhora as chances de um tratamento eficaz.
A chegada desse fungo ao Brasil reforça a necessidade de atenção com a higiene e cuidados dermatológicos. A prevenção continua sendo a melhor forma de conter a propagação desse patógeno resistente, que já preocupa especialistas ao redor do mundo.