Gestão marcada por ostentação, abandono e descaso Belmonte vive um colapso silencioso. Enquanto a Prefeitura anuncia festas e o prefeito Iêdo Elias se destaca em eventos de karaokê, o povo vive atolado — literalmente — em lama, buracos e promessas não cumpridas. A cidade está à deriva, com comunidades rurais completamente abandonadas, enfrentando o que […]
Gestão marcada por ostentação, abandono e descaso
Belmonte vive um colapso silencioso. Enquanto a Prefeitura anuncia festas e o prefeito Iêdo Elias se destaca em eventos de karaokê, o povo vive atolado — literalmente — em lama, buracos e promessas não cumpridas. A cidade está à deriva, com comunidades rurais completamente abandonadas, enfrentando o que muitos moradores definem como “a pior gestão da história do município”.
📹 A realidade que os vídeos não deixam esconder
Nos vídeos que viralizam nas redes sociais, é possível ver com clareza o estado caótico das estradas rurais. Caminhões atolados, moradores desesperados descarregando caminhões de areia com pás na mão, crianças e idosos tendo que atravessar regiões completamente intransitáveis. “Essa é a estrada da Beira do Rio Jequitinhonha”, diz um dos moradores no vídeo, com voz cansada. “Estamos largados, sem nenhuma ajuda.”
Os vídeos reforçam um cenário alarmante: nenhuma máquina da Prefeitura apareceu para ajudar. Nenhuma equipe de manutenção, nenhum apoio logístico, nenhuma resposta oficial.
“Se o povo não se juntar, não passa ninguém aqui”, diz um morador revoltado enquanto outros espalham areia manualmente.
👥 Apadrinhados de um lado, abandono do outro
Enquanto isso, na sede do município, cargos comissionados e apadrinhados políticos vivem em outra realidade: altos salários, gabinetes com ar-condicionado, festas com bebidas caras e regalias incomuns à realidade rural. Quem governa está cercado de conforto. Quem vive nas extremidades do município, está cercado de lama.
“Na cidade, tem festa com camarote. Aqui, a gente cava com a pá pra passar um carro”, denuncia um agricultor local.
A gestão atual é marcada pelo favoritismo. O chefe de gabinete é Filipe Elias, filho do próprio prefeito. O secretário de interior, Éder Alegre, foi citado por diversas comunidades como “ausente” e “aparecendo só em época de campanha”.
📉 Os números mostram que o problema não é falta de dinheiro
Receita da Prefeitura em 2024: R$ 115,5 milhões 📌 Fonte: Portal da Transparência Municipal / Leis Orçamentárias Anuais
Orçamento previsto para 2025: R$ 121,8 milhões 📌 Fonte: Câmara Municipal de Belmonte – LOA 2025 (Noticiado no site Belmontenews em dez/2024)
PIB per capita (2021): R$ 15.875,70 📌 Fonte: IBGE – Produto Interno Bruto dos Municípios https://cidades.ibge.gov.br
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM): 0,598 📌 Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) / Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil http://www.atlasbrasil.org.br/
Contas públicas: 6 contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA) nas gestões anteriores de Iêdo Elias 📌 Fonte: TCM-BA – Decisões disponíveis no site oficial https://www.tcm.ba.gov.br
Apesar dos recursos disponíveis, a Prefeitura não investe adequadamente na infraestrutura das áreas mais vulneráveis. A justificativa? “Chuva demais.” Mas os próprios moradores contestam: “De janeiro a março quase não choveu aqui”, dizem. “Foi seca, e mesmo assim não mandaram nenhuma patrol nem cascalho.”
🕰️ Histórico repetido: promessas quebradas e má gestão
Iêdo Elias já foi alvo de múltiplas reprovações de contas em mandatos anteriores. Mesmo assim, voltou ao cargo prometendo “respeito, trabalho e compromisso com o povo”. O que se vê, no entanto, é a repetição do abandono, agora amplificado pelas redes sociais e pelos gritos de socorro das comunidades esquecidas.
📢 O grito que ecoa das zonas rurais
As falas dos moradores, captadas nos vídeos, são duras:
“Prefeito, desça do palco, largue o microfone e venha pisar na lama que a gente pisa todo dia.” “É fácil cantar no ar-condicionado, quero ver vir aqui puxar pá com a gente.” “Filipe Elias nunca apareceu aqui. E o povo continua preso sem estrada.”
⚠️ Conclusão: a gestão que trocou o povo pelo palco
A gestão Iêdo Elias tornou-se símbolo de um governo que troca trabalho por festa, ação por desculpas, e responsabilidade por nepotismo. Os moradores pedem socorro. As imagens falam por si. Enquanto os aplausos ecoam na sede, o choro e a revolta tomam conta da zona rural.
Belmonte está em cheque. E o povo já começou a virar a página — nem que seja com a pá nas mãos e os pés na lama.