• Home  
  • Brasil não consegue garantias de Trump e já vê tarifas como ameaça real
- Geral

Brasil não consegue garantias de Trump e já vê tarifas como ameaça real

O governo brasileiro não obteve nenhuma garantia de que o país será poupado das novas tarifas que os Estados Unidos podem impor sobre importações de aço e alumínio. Com isso, autoridades brasileiras já consideram a possibilidade de um aumento significativo nas taxas, o chamado “tarifaço”, o que poderia impactar diretamente a economia nacional. Desde que […]

O governo brasileiro não obteve nenhuma garantia de que o país será poupado das novas tarifas que os Estados Unidos podem impor sobre importações de aço e alumínio. Com isso, autoridades brasileiras já consideram a possibilidade de um aumento significativo nas taxas, o chamado “tarifaço”, o que poderia impactar diretamente a economia nacional.

Desde que Donald Trump indicou que retomaria medidas protecionistas caso volte à presidência, o Brasil vem tentando negociar para evitar prejuízos ao setor siderúrgico. No entanto, as conversas entre diplomatas brasileiros e representantes americanos ainda não resultaram em compromissos concretos.

EUA reforçam discurso protecionista

Trump tem defendido a imposição de tarifas como uma forma de proteger a indústria americana e garantir que o país não seja prejudicado por concorrência desleal. Em recentes declarações, ele citou Brasil e Índia como nações que impõem tarifas altas sobre produtos americanos e prometeu aplicar medidas equivalentes.

A justificativa do ex-presidente é que os EUA precisam reduzir o déficit comercial e incentivar a produção interna. No entanto, especialistas alertam que essa estratégia pode encarecer produtos para os consumidores americanos e gerar retaliações de parceiros comerciais.

Brasil avalia alternativas para reduzir impacto

Diante dessa ameaça, o governo brasileiro estuda formas de minimizar os danos. Entre as alternativas em análise está a possibilidade de reduzir as tarifas sobre a importação de etanol dos EUA, o que poderia abrir caminho para um acordo e evitar sanções ao aço e ao alumínio brasileiros.

O vice-presidente Geraldo Alckmin defendeu a necessidade de diálogo e sugeriu que a imposição de cotas pode ser uma solução intermediária. Ele também ressaltou que os Estados Unidos têm superávit comercial com o Brasil desde 2008, ou seja, não há motivo para medidas punitivas contra a economia brasileira.

Além disso, o governo Lula já sinalizou que, caso as tarifas sejam realmente aplicadas, poderá recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) para contestar a decisão.

Impactos no setor siderúrgico brasileiro

A indústria do aço e do alumínio é um dos setores que mais exportam para os Estados Unidos. Em 2023, cerca de 30% do aço exportado pelo Brasil teve como destino os EUA, tornando o país um dos principais mercados para a siderurgia brasileira. Se as tarifas forem elevadas, isso pode reduzir a competitividade do Brasil e levar a perdas financeiras significativas.

Empresas do setor já demonstram preocupação, pois tarifas mais altas podem tornar o aço brasileiro mais caro para os compradores americanos, que podem buscar fornecedores alternativos. Isso pode afetar não apenas grandes siderúrgicas, mas também milhares de trabalhadores que dependem da exportação desses produtos.

Brasil se prepara para possíveis retaliações

Caso as tarifas sejam confirmadas, o Brasil pode adotar contramedidas para proteger sua economia. O governo já mapeia quais setores podem ser afetados e avalia respostas, como a imposição de tarifas sobre produtos americanos em retaliação.

A relação comercial entre Brasil e Estados Unidos continua incerta, e o governo brasileiro segue acompanhando os desdobramentos das eleições americanas, que podem definir o futuro dessas tarifas. Enquanto isso, diplomatas tentam manter canais de negociação abertos para evitar um impacto negativo na economia brasileira.

📢 Compartilhe esta notícia com o mundo!

Miranews  2025 © Todos os direitos reservados