O município de Belmonte, Bahia, amanheceu novamente sob o signo da violência. O corpo de Guilherme Passos Matos, de apenas 18 anos, foi encontrado na manhã de 26 de março de 2025, em uma propriedade rural no distrito de Barrolândia. A cena do crime é aterrorizante: a vítima foi executada com tiros na cabeça, abdômen e braço direito, em uma possível demonstração de crueldade típica de acertos de contas.
A ausência de cápsulas de bala no local levanta uma suspeita ainda mais sombria: Guilherme pode ter sido torturado e morto em outro lugar, com seu corpo posteriormente descartado como lixo. A polícia já trabalha com a hipótese de envolvimento do tráfico de drogas, um problema que se alastrou por Belmonte como uma epidemia nos últimos anos.
Cidade refém da violência e do abandono
A morte do jovem escancara uma triste realidade: Belmonte se tornou refém do descaso, da criminalidade e da incompetência política. Em 2024, um estudo classificou o município como um dos piores da Bahia em qualidade de vida, com falhas graves em segurança, educação e saúde. As estatísticas são alarmantes, mas a população segue esquecida e vulnerável.
Gestão Iêdo Elias: um ciclo de fracassos
Enquanto famílias choram a perda de entes queridos para a violência, o prefeito Iêdo José Menezes Elias mantém um histórico de inércia e escândalos. Seu nome já esteve envolvido em diversas controvérsias, incluindo a rejeição de contas públicas por irregularidades financeiras. Em mandatos anteriores, foi acusado de desperdício de dinheiro público e descaso com serviços essenciais.
Mesmo após sua reeleição, pouco foi feito para mudar o cenário. Em janeiro de 2025, a gestão divulgou imagens de veículos públicos sucateados herdados da administração anterior – mas o que a população realmente quer saber é: quando medidas concretas serão tomadas para conter a escalada da violência?
Até quando Belmonte será governada pelo medo?
O assassinato de Guilherme não é um caso isolado. É mais um grito sufocado de uma cidade esquecida, onde o crime se alastra sem controle e a gestão pública parece incapaz de reagir. A pergunta que fica é: quantos mais precisarão morrer para que algo seja feito?
A população de Belmonte não aguenta mais promessas vazias. É hora de cobrar justiça e mudanças reais.